Luiz Augusto M. da Costa Leite
Tempo de leitura: 5’
Pesquisa Google* sobre trabalho em equipe inclui “segurança psicológica” com um dos cinco elementos essenciais a um modelo desejado de equipe. Os demais: Confiabilidade, Estrutura e Clareza de Papeis, Significado e Impacto. Inúmeras pesquisas estão colocando tal dimensão como de extrema importância no trabalho em organizações.
Não é por acaso. Cada um de nós e o mundo inteiro atravessam uma crise que extrapola os modelos habituais de convivência; também nas organizações.
Duas sensações: medo e isolamento social. Nas organizações, um dos cuidados tem sido apoiar empregados em estados de tensão e correlatos. Gestores e suas equipes precisam disso. Insegurança e incertezas são parte do novo dia a dia. Isso dá medo. A rede das relações fica esgarçada, as pessoas estão mais solitárias. Um quadro complexo e por vezes assustador.
Não é que precisem ser sublimadas, pois batem diferente e efetivamente em cada indivíduo e nas dinâmicas organizacionais. Importa saber que as organizações têm, sim, um serviço a oferecer, desde que não assuma a responsabilidade de solucionar problemas individuais. Não são consultórios psicanalíticos. Coaching, por exemplo, é uma ferramenta. Surgem novas metodologias de atenção e encaminhamento. Não se culpem pelo que está fora de seu controle.
Ao alinhar o pessoal ao coletivo, há vários processos de autoconhecimento e desenvolvimento pessoal associado ao desenvolvimento organizacional que não dependem de uma intervenção cirúrgica que cuide apenas do vigor da célula. Vale disponibilizá-los à Liderança (embora os líderes também estejam inseguros, assim como os profissionais de RH, uns mais, outros menos). Treinamento conta.
Voltemos, então, à pesquisa Google que aponta segurança psicológica como essencial ao bom desempenho de uma equipe. Aí não é mais tratar a célula, mas a interdependência com o organismo, como ativar neurônios. Segurança psicológica de uma equipe funciona quando associada aos outros quatro fatores. Não dá frutos por si. Não é implantável nem transplantável. Equipes que a absorvem em seu tecido, estão prontas para conviver com outras equipes com a mesma ossatura. E aí articulando-se com a organização total e suas partes interessadas. Um caminho seguro.
Quando todo o conjunto está psicologicamente inseguro, não há como fugir do problema. Não é normal existir zero de insegurança. Mas é possível identificá-la, graduar, aplicar soluções temporais e progressivas; ter consciência. As pessoas convivem com suas limitações. Faz parte da vida.
* Exame.com 15 09 2020
thiago.
Como está a segurança psicológica de sua organização?
17, dezembro, 2020Gratidão
26, novembro, 2020Você quer mudança? E você está disposto a mudar?
29, setembro, 2020
5 Comentários
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